A grande chegada do Gol GTi ao Brasil em 1988.
O Gol GTi, na verdade, só apareceu em 1988 e foi uma das principais novidades apresentadas no Salão do Automóvel de São Paulo daquele ano (então realizado no Parque do Anhembi). Com posição no topo da cadeia de pedigree da Gol, o GTi convive pacificamente com o GTS, esportivo carburado lançado em 1987. A produção em série do Gol com injeção eletrônica começou em janeiro de 1989. Sua abreviatura consiste nas iniciais de “Gran Turismo Injection ”.
O principal diferencial do GTi é o motor 2.0 AP, que tem 8 válvulas, é montado longitudinalmente e conta com sistema de injeção Bosch LE-Jetronic. Numa época em que os carros movidos a álcool começavam a declinar, os motores a jato eram movidos a gasolina e tinham as vantagens de partida mais fácil e menor consumo de combustível. Produz 120 cv a 5.600 rpm e 18,4 kgfm de torque a 3.200 rpm.
O Gol GTi atinge velocidade máxima de 185 km/h, e o hatchback acelera de 0 a 100 km/h em apenas 8,8 segundos. Outro avanço tecnológico que estreia no GTi são os freios a disco ventilados na frente.
O Gol GTi atinge velocidade máxima de 185 km/h, e o hatchback acelera de 0 a 100 km/h em apenas 8,8 segundos. Outro avanço tecnológico que estreia no GTi são os freios a disco ventilados na frente.
O sistema LE-Jetronic analógico do Gol GTi era do tipo múltiplo, com um Bico injetor para cada cilindro. Havia duas bombas elétricas de combustível, que era enviado sob pressão para uma galeria de distribuição (popularmente chamada de flauta) – desta, a gasolina era borrifada pelos Bicos injetores nos dutos de admissão de cada um dos quatro cilindros.
O sistema de ignição mapeada controlada por computador EZ-K é outra inovação do Gol GTi. Sensores eletrônicos mapeiam o motor para determinar o momento exato em que a faísca se acende para cada cilindro. Ele também controla o avanço da ignição e é responsável por evitar que o motor ultrapasse o regime máximo de 6.300 rpm.

Além das inovações informatizadas, o motor do Gol GTi também recebeu diversas alterações mecânicas. Entre eles, tuchos hidráulicos (para reduzir ruídos e eliminar ajustes), novos pistões, filtro de ar de maior capacidade, coletor de admissão, bomba de óleo de maior vazão, injetores no bloco do motor para resfriar os pistões e nova válvula de controle do motor (válvula de admissão). diâmetro alterado de 38 mm para 40 mm). A taxa de compressão foi aumentada de 8,9:1 para 10:1, e o sistema de escapamento também foi redesenhado. A caixa de câmbio (manual de 5 marchas) também foi alterada. A Volkswagen adotou um programa de assistência técnica 24 horas por dia por meio de um telefone dedicado.
Todos os Gol GTi fabricados em 1988, 1989 e 1990 eram pintados na cor perolizada Azul Mônaco, uma tonalidade exclusiva para esta versão. A decoração da carroceria incluía laterais e para-choques pintados em cinza com filetes em Azul Cobalto, aerofólio exclusivo com arestas arredondadas, lanternas escurecidas, antena de teto e rodas de liga leve "Silverstone" de 14 polegadas (As famosas pingo d'água), e com pneus 185/60. Os primeiros exemplares não tinham opção de ar-condicionado, item que surgiu como opcional nos modelos de 1989, era o único item que era pago à parte.
As diferenças internas do Gol GTi incluem bancos dianteiros Recaro com encostos de cabeça vazados e tecido cinza escuro com detalhes em azul, volante revestido em couro (o famoso 4 bolas) e luzes de instrumentos vermelhas. A lista de equipamentos de série inclui rádio toca-fitas Rio Janeiro, vidros e retrovisores dianteiros elétricos, relógio digital, ajuste de inclinação do banco do motorista e muito mais.
Apesar do conjunto marcante do Gol GTi, o modelo era muito caro: sua potência declarada extrapolava os 100 cavalos (o que fazia na época a incidência de impostos ser maior) e seu preço, já no inicio de 1989 era 56% superior ao do Gol GTS. Em 1990, chegavam ao Brasil outros modelos nacionais dotados de motores com injeção eletrônica: o Santana Executivo, Chevrolet Monza EF são exemplos; posteriormente naquele mesmo ano, o País viveu o frisson da chegada dos carros importados das mais diversas montadoras e origens.
Para o ano-modelo 1991, o GTi passou pelas modificações comuns a toda a linha Gol, sua frente foi alongada em 3 centímetros com faróis mais estreitos e integrados à nova grade, bem como as rodas de liga leve de 14 polegadas "Acapulco", popularmente conhecidas como Orbital. Naquele ano, o hatch passou a ter duas opções de cores: Azul Astral e Cinza Nimbo. No final daquele mesmo ano, as rodas de liga leve BBS de 14 polegadas passaram a ser opcionais, enquanto o ar-condicionado passou a ser equipamento de série.
Na linha 1992, o Gol GTi passou a ter quatro opções de cores para a carroceria: duas opções de vermelho (Daytona e Colorado) e duas alternativas de cinza (Andino e Nimbo). O esportivo também passou a ter catalisador, para atender às então novas normas antipoluição, o que fez os números de potência e torque serem reduzidos.
No ano de 1993, o GTi manteve as cores Vermelho Sport e Cinza Spectrus, ganhando as opções Amarelo Sunny e Branco Nacar. Os modelos 1993/94 e 94/94 passaram a ter direção hidráulica. Já os toca-fitas Bosch foram substituídos em 1994 pelo aparelho Volksline/FIC. Para a linha 94, o GTi voltou a ter duas opções de cor vermelha (Sport e Styllus), mantendo o tom Branco Nacar e passando a ter a opção Preto Universal.
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